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As tuas panelas estão a piorar a tua endometriose


Sabias que os materiais utilizados na preparação dos alimentos podem influenciar diretamente a tua saúde?


Uma dúvida frequente é sobre qual o material de panelas ou frigideiras a usar para cada tipo de alimento. Será que a panela de titânio faz mal à saúde? E panelas de vidro, serão a melhor opção?


Para responder a estas questões, o ideal é conhecer as características de cada material.

Com o avanço da ciência e da tecnologia, todos os anos, as diferentes marcas de utensílios de cozinha fazem novos produtos, produzidos com versões mais atualizadas de cada material, que tentam combinar a facilidade de uso, com a durabilidade e a segurança para a saúde.


No entanto, deve-se sempre estar atento ao material da panela, pois algumas como as panelas de teflon antiaderente, cobre ou alumínio, podem trazer riscos à saúde, como doenças no fígado, rins ou tireoide, alguns tipos de cancro e até o agravamento da endometriose.

Abaixo seguem 13 tipos de materiais e as suas características para te ajudar a escolher a melhor opção para ti.


1. Aço Cirúrgico

Se não for a panela mais cara de todas, com certeza a panela de aço cirúrgico é uma das mais caras. A panela de aço cirúrgico, assim como as panelas de cerâmica e porcelana, não é porosa. Além disso, tem proteção contra arranhões, não retém nenhum tipo de resíduo dos cozimentos e não contamina os alimentos.

As panelas de aço cirúrgico presentes no mercado possuem vários níveis de cozimento, são resistentes e têm a capacidade de distribuir o calor por toda a panela, não somente na base. Esse tipo de panela é um forte candidato para a lista de melhor panela para cozinhar. A válvula da panela de aço cirúrgico avisa quando a temperatura está adequada e algumas marcas oferecem garantia de até 50 anos!

O aço cirúrgico é um tipo de aço inoxidável. A diferença é que ele pertence a uma família específica de aço inox, a austenítica, que tem entre 17% e 25% de cromo na sua composição, bem como de 7% a 20% de níquel.


Na prática, essa quantidade elevada de cromo e de níquel transforma o aço num material que não oxida.


A panela de aço cirúrgico, ou aço inoxidável, é composta por uma liga de metais, como o cromo e o níquel, que lhe conferem maior resistência à ferrugem e altas temperaturas.

Essas panelas são consideradas seguras para a saúde desde que contenham pelo menos de 16% de cromo na sua composição, sendo que a maioria das panelas possuem 18% de cromo.

Desta forma, deve-se observar a composição do material da panela e as características da liga metálica, ao comprá-la, podendo ser encontrada como aço cirúrgico da série 304, ou 18/10 ou 18/8, o que significa que tem 18% de cromo e 10 ou 8% de níquel.

Outro tipo de panela de aço cirúrgico é a 430, que contém 18% de cromo e 0% de níquel, sendo nesse caso mais propensa à ferrugem.


Vantagens: as panelas de aço cirúrgico são fáceis de limpar, possuem alta durabilidade, aquecem rapidamente, além dos níveis de metais não se misturarem com os alimentos.

Desvantagens: devem ser descartadas quando danificadas, pois podem libertar níquel e cromo nos alimentos, inclusive quando são cozidos alimentos ácidos por longos períodos de tempo. Além disso, pode causar sintomas de alergia em pessoas que tenham alergia ao cromo ou níquel.

Como cuidar: deve-se evitar usar utensílios metálicos para cozinhar, dando preferência a materiais de silicone ou madeira, por exemplo, e a limpeza deve ser feita com uma esponja macia para evitar arranhões que podem comprometer a integridade da panela.


2. Aço/Inox

A principal vantagem é o facto de as panelas não oxidarem. Além disso, o material é resistente e distribui o calor de forma igual por sua superfície. O que impede a panela de inox de ocupar o posto de melhor panela para cozinhar é o fato da sua composição levar níquel, que é extremamente tóxico, e que se desprende da panela ao longo do uso.

Mesmo as quantidades libertadas do metal sendo pequenas, assim como no caso da panela de alumínio, ainda não há um consenso entre pesquisadores sobre o nível de toxicidade das panelas feitas com esses materiais. Mas estudos apontam que o seu uso não é indicado para pessoas alérgicas. A exposição ao níquel e aos seus compostos pode causar alergias e levar ao desenvolvimento de cancro.

Panelas feitas com o aço 301 são prejudiciais por possuírem cerca de 6% a 8% de níquel em relação ao cromo (16%-18%) – podendo contaminar os alimentos quando submetidos a altas temperaturas.

O aço 420 é o mais seguro, pois não contém concentrações de níquel. No entanto, o tempo de cozimento dos alimentos nesta panela é mais elevado. Assim, ela exige mais tempo de cocção, o que amenta o uso de energia para aquece-la, o que pode inviabilizar o seu uso.

Antes de usar panelas novas, é fundamental ferver água umas cinco vezes para retirar impurezas e resíduos desse metal.

Para saber se uma panela de aço inox possui níquel, basta aproximar um imã. Se ele colar, então a graduação da panela é 18/0 e não contém níquel. Se não colar, ela é feita com níquel e deve ser evitada por alérgicos ao níquel.

Dá prioridade às panelas de aço inox que possuem baixo teor de níquel – como as de aço AISI 443. São as melhores opções para uso comercial por proporcionar melhor eficiência, segurança e durabilidade.


3. Cobre

Assim como as inoxidáveis, as panelas de cobre são boas condutoras de calor. Mas não podem ser utilizadas para cozinhar todos os tipos de alimento. Ao entrar em contato com o sal ou alimentos ácidos como tomate, limão e vinagre, o cobre pode desprender-se da panela. Fica atenta sobre que tipo de comida é feita nesse tipo de panela, pois ela não é a melhor panela para cozinhar, uma vez que a intoxicação por cobre pode causar náusea, dores abdominais, problemas gastrointestinais e, em longo prazo, danos nos rins e no fígado. A vantagem é que pode ser reciclada.

Por esse motivo, a maioria das panelas de cobre possuem um revestimento, como o estanho, por exemplo, que não é tóxico e não causa danos à saúde, devendo-se dar preferência a esse tipo de panela, caso se deseje usar uma panela de cobre.


Como cuidar: este tipo de panela é fácil de cuidar, podendo ser lavado com água e sabão, assim como o esponjas de aço. Porém, como é um material que mancha muito facilmente, também pode ser lavado com limão e um pouco de sal, para retirar as manchas.


4. Ferro

A utilização desse tipo de panela traz alguns benefícios à saúde. Em pesquisas realizadas, foi provada a transferência do mineral presente na superfície das panelas de ferro e de pedra-sabão para os alimentos, transformando-as em importantes aliadas no combate à anemia. O mesmo foi constatado para as panelas de aço inox. No entanto, o ferro libertado pela panela também pode causar intoxicação, além de poder acumular-se no organismo e, a longo prazo, causar doenças como Alzheimer, problemas cardíacos ou cancro no intestino, por exemplo.

É preciso ter cuidado com a manutenção. Ela pode enferrujar facilmente e, se esfregada, a ferrugem pode soltar-se. É melhor lavá-la com água quente e sabão, deixar secar no lume e espalhar uma película de óleo sobre a sua superfície antes de guardar, para evitar a ferrugem. E elas podem ser recicladas.

Além disso, esse tipo de panela é contraindicado para pessoas que têm hemocromatose, que é o excesso de ferro no sangue.


Como cuidar: este tipo de material deve ser limpo apenas com água e um pano ou uma esponja suave. Deve-se evitar colocar na máquina de lavar a louça e deve ser sempre bem seca depois de lavar, para evitar o acúmulo de ferrugem.


5. Anti Aderentes/Teflon

Esse é o mais controverso tipo de panela disponível no mercado. Mas ela está longe de ser a melhor panela para cozinhar, pois na sua em sua composição estão o ácido perfluoroocianóico (PFOA) e o politetrafluoretileno (PTFE), ambos extremamente problemáticos. O PTFE, quando exposto a altas temperaturas, liberta gases tóxicos.

Se uma panela revestida de teflon é arranhada ou começa a descascar, os alimentos entram em contacto directo com metais pesados. O ideal é substituir a panela imediatamente, assim que perceberes qualquer dano na sua superfície.

Já o PFOA, segundo alguns estudos, está ligado ao desenvolvimento de cancro de rim e figado, problemas da tiroide, problemas no coração e muitas outras complicações. Os compostos presentes nas panelas antiaderentes também são notórios obesogénicos.


Como cuidar: deve-se cozinhar nesta panela utilizando-se apenas utensílios que não consigam riscar o revestimento antiaderente, como colher de pau ou utensílios de silicone. Além disso, para lavar é muito importante usar a parte macia da esponja e não passar a esponja de aço. Por fim, para garantir um bom funcionamento da camada de teflon, a temperatura não deve ultrapassar 260ºC.


6. Barro

Indicada para fazer alimentos líquidos ou com caldo, como sopas, molhos, feijão e ensopados. Assim como a panela de cerâmica, demora para aquecer, mas mantém o calor por um longo período de tempo. A panela de barro é feita de um material natural e não nocivo para a saúde e o meio ambiente; podendo facilmente entrar na lista como a melhor panela para cozinhar. A desvantagem é que alimentos com baixo teor de água podem ficar ressecados se preparados nessa panela.


7. Cerâmica

Apesar de ser um pouco mais cara do que as outras panelas, o investimento vale a pena, já que são fáceis de limpar, antiaderentes e conservadoras de calor. Mas atenção para uma certificação que aponte para a utilização de materiais atóxicos no seu fabrico.

No entanto, deve-se escolher por panelas de cerâmica pura, pois panelas de alumínio ou titânio revestidas de cerâmica, panela de cerâmica vidrada ou esmaltadas, podem oferecer riscos à saúde, uma vez que podem libertar metais, como alumínio, chumbo ou cádmio nos alimentos, especialmente quando a cobertura de cerâmica não está intacta.

Além disso, demora mais tempo que o normal para aquecer, o que faz com que o consumo de energia aumente.


Vantagens: as panelas de cerâmica são mais duráveis, resistentes ao calor e a arranhões, mais fáceis de limpar, necessitam de menos óleo para cozinhar, além de não libertar substâncias tóxicas ao organismo.

Desvantagens: as panelas de cerâmica são mais caras, e no caso de panelas revestidas de cerâmica ou esmaltadas, o revestimento pode trincar, e assim, ser ingerido junto com o alimento.

Como cuidar: para manter a integridade da panela de cerâmica, deve-se evitar usar utensílios metálicos para cozinhar, além de evitar choques térmicos na panela, como temperatura muito alta seguida de resfriamento, sendo recomendado deixar a panela esfriar naturalmente antes de lavá-la em água fria. Outro cuidado é lavar com uma esponja macia para evitar ranhuras na panela.


8. Pedra-Sabão

A panela pedra-sabão é indicada para a preparação dos mesmos tipos de alimentos que podem ser feitos na panela de barro. Esse tipo de panela, assim como a panela de barro, também transfere ferro para os alimentos; o que torna esse tipo de panela uma boa candidata ao posto de melhor panela para cozinhar. O cuidado é que, por ser porosa, pede atenção especial ao ser lavada, para que não haja proliferação de microrganismos. Para isso, aqueça em lume baixo, para que a panela não rache pelo choque térmico.


Como cuidar: na primeira utilização, a pedra sabão deve ser lavada com água com sal e muito bem seca. Nas utilizações seguintes, é recomendado limpar apenas com água e não usar sabão, aplicando uma camada de azeite no final, antes de secar.


9. Vidro

Um dos modelos mais seguros para a saúde, a panela feita desse material não possui nenhum tipo de contraindicação. É fácil de limpar e não passa nenhum tipo de substância para os alimentos durante a preparação. Por outro lado, é cara, pesada, frágil e não pode ser reciclada por ser feita com vidro temperado.


Vantagens: as panelas de vidro são duráveis e não possuem revestimentos antiaderentes que podem causar danos à saúde.

Desvantagens: as panelas de vidro não conseguem distribuir corretamente o calor e que, por isso, podem acabar por se partir, se usadas diretamente sobre o lume.

Como cuidar: as panelas de vidro são muito fáceis de cuidar, devendo-se lavar apenas com água, sabão e uma esponja suave.


10. Titânio

Esse tipo de panela é um dos tipos mais recentes e, por isso, um dos mais caros. Não fazem mal à saúde, já que não há contaminação dos alimentos preparados nelas. Além disso, são mais resistentes e também podem ser usadas para guardar a comida depois de pronta.

O titânio é usado pela indústria, inclusive, para revestir as panelas de cobre e evitar que esse elemento se misture à comida no seu interior. Esse tipo de panela é ideal para fritar e grelhar alimentos com pouco óleo.


Vantagens: as panelas de titânio são duráveis, aquecem rapidamente e são resistentes à temperatura e arranhões, além de serem fáceis de limpar.

Desvantagens: as panelas de titânio são mais caras e não retêm muito o calor, dificultando a cozedura dos alimentos, que também podem agarrar na panela e dificultar a sua limpeza.

Como cuidar: deve-se evitar limpar com esponjas de aço que são abrasivas e podem causar arranhões na panela, dando-se preferência para esponjas macias e usá-las sem esfregar com força na panela. Além disso, como aquecem rapidamente, é recomendado não deixar a panela no lume por mais de 2 minutos sem adicionar o alimento que será cozido, para evitar que agarrem na panela.


11. Porcelana

A porcelana é uma variedade de cerâmica dura, branca e translúcida, preparada com caulim. A diferença entre a porcelana e outros produtos de cerâmica é que a porcelana é mais resistente e possui completa isenção de porosidade e sonoridade. Apesar de ser mais cara, é um tipo de panela que mantém a temperatura do alimento por mais tempo.

Por outro lado, por ser um material isolante térmico, a panela de porcelana demora mais para aquecer. É preciso tomar o cuidado de não utilizar objetos de metal para raspar o que agarrou na panela. Além disso, é preciso evitar mergulhar a panela de porcelana quente em água fria, uma vez que pode haver danos irreparáveis causados pelo choque térmico.


12. Alumínio

O modelo mais barato de panela é também motivo de muita discussão. Pesquisadores descobriram que panelas de alumínio podem soltar metais pesados durante a preparação dos alimentos. Ao ferver uma solução de 4 litros de água e 10 gramas de sal por 3 horas, houve o desprendimento de 20 miligramas do metal por cada litro de água.

Além disso, quem usa máquina de lavar louças, tem a desvantagem de ver as suas panelas de alumínio ficarem escurecidas com o tempo. Por outro lado, a Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que o metal é seguro nas suas aplicações culinárias. E panelas de alumínio podem ser recicladas.


Como cuidar: este tipo de panela é fácil de ser lavado, devendo-se utilizar apenas água morna e um pouco de detergente neutro, esfregando com uma esponja macia.


13. Silicone

As panelas de silicone, utilizadas principalmente em fornos de micro-ondas, estão longe de serem o melhor modelo de panela para cozinhar. Isso porque muitas pessoas relatam odores quando cozinham com formas de silicone, com potencial de serem tóxicos. Entretanto, ainda não se sabe se as panelas de silicone são realmente nocivas para a saúde.


Mas então qual é o melhor tipo de panela?

Não há exatamente uma melhor panela para cozinhar – isso depende dos usos que lhe irás dar. A ideia é manter em mente a funcionalidade de cada modelo para tirares o máximo proveito deles. No entanto, não adquiras os modelos que contenham PFOA e PTFE (antiaderentes). As de alumínio também não são muito recomendáveis, devido à possibilidade de desprendimento do material nos alimentos.

Portanto, os modelos de vidro, cerâmica , porcelana, e aço cirúrgico são os que trazem menos risco à saúde humana, desde que obedeçam aos padrões estabelecidos para esse tipo de equipamento. Os modelos de metal, de titânio, barro, ferro, pedra-sabão e de cobre podem também ser boas opções, se utilizados de maneira correta Ao adquirir estas panelas, tenta conservá-las ao máximo, já que a reciclagem ainda não é possível para alguns materiais.

Fazer uma combinação de panelas, levando em conta cada uma das suas características, também pode ser uma solução. Uma mistura de panelas de cobre e de cerâmica ou barro para preparar alimentos ácidos mais salgados é uma possibilidade.



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